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Alunos processam a United Airlines por descumprimento de promessas na academia de pilotos

Imagem: United Airlines

A maior companhia aérea do mundo com frota própria, a United Airlines, está sendo alvo de um processo judicial nos EUA movido por jovens pilotos.

Com o objetivo de atender à escassez de pilotos que já dura quase duas décadas no país, a companhia aérea americana criou a United Aviate Academy (UAA), com a proposta de facilitar o ingresso de novos aviadores, fornecendo treinamento próprio em aeronaves Cirrus SR20 no estado do Arizona.

O alto custo das horas de voo e os baixos salários afastaram, por muito tempo, profissionais em potencial do setor de aviação nos EUA, seguindo uma tendência global. Na UAA, os aspirantes a piloto receberiam financiamento, instrução e todo o apoio necessário para se tornarem pilotos comerciais habilitados em apenas um ano.

Ao final do curso, seriam encaminhados para uma entrevista em alguma subsidiária regional que opera sob a marca United Express. Após se estabilizarem, o valor do financiamento seria descontado progressivamente do salário.

No entanto, segundo os autores da ação, todas essas promessas — que estão publicamente disponíveis no site da UAA — não estariam sendo cumpridas. Vários alunos moveram um processo coletivo contra a United Airlines. A revista FlyingMag teve o ao documento jurídico, que reúne diversas alegações por parte dos “cadetes” da United Aviate.

Os alunos denunciam a constante troca de instrutores (nos EUA, ao contrário do Brasil, é comum que um instrutor acompanhe o aluno durante toda a formação, realizando a maioria dos voos com ele), além da falta de profissionais e aeronaves para ministrar as instruções, o que tem causado atrasos no cronograma de formação — que deveria durar 12 meses —, chegando a casos de cadetes com mais de 24 meses na academia. Mesmo diante dessas dificuldades, a UAA continuava aceitando novos cadetes.

Além disso, há relatos de que alunos que levavam suas reclamações à diretoria eram excluídos do programa, saindo sem a licença de piloto e acumulando uma grande dívida.

A United, por sua vez, alegou inicialmente no processo que os alunos não estavam qualificados (não concluíam as missões de voo previstas pela legislação para avançar nas aulas) e que estariam espalhando informações falsas entre os novos alunos, prejudicando o ambiente da escola.

Um júri ainda será formado para julgar o caso, que tem sido conduzido com base nas leis de proteção ao consumidor dos Estados Unidos. Os cadetes buscam compensação financeira pelos prejuízos alegadamente causados pela United Aviate Academy.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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