A JetBlue anunciou que chegou a um acordo com a Airbus para postergar a entrega de vários jatos, enquanto lida com problemas internos e externos. A companhia aérea americana, fundada pelo brasileiro David Neeleman, tem ado por uma série de mudanças após o governo dos EUA bloquear a fusão com a concorrente de ultra-baixo-custo Spirit Airlines.
Meses atrás, já surgiram rumores de que a JetBlue iria postergar as entregas dos jatos A321neo para que pudesse ter fôlego de capital e contava que não iria crescer tão rápido. Já a United aproveitou a oportunidade para pegar estes aviões e antecipar as suas entregas.
Agora, a JetBlue confirmou a postergação, mas também aproveitou para criticar a Airbus e a Pratt & Whitney, colocando a culpa mais nas fabricantes do que na própria istração.
“Restaurar a saúde do nosso balanço patrimonial também é fundamental para um futuro financeiro seguro e para retornar ao crescimento lucrativo. Simplesmente não podemos continuar a investir em ativos de grande capital que precisam ser financiados na entrega e que, posteriormente, não conseguem gerar retorno porque precisam ser parados devido à manutenção necessária e longos tempos de espera”, afirmou a CEO da JetBlue, Joanna Geraghty, durante a divulgação de resultados do segundo trimestre de 2024.
A empresa agora receberá apenas em 2030 em diante um total de 44 jatos que eram para ser entregues entre o ano que vem e 2029.
“Com isso em mente, chegamos a um acordo com a Airbus para adiar a entrega de 44 aeronaves A321neo, que são a frota mais impactada pelos problemas do motor GTF da Pratt & Whitney. Isso reduzirá nossos gastos de capital futuros em $3 bilhões, ajudando-nos a melhorar nossa previsão de fluxo de caixa livre e a restaurar a saúde do nosso balanço patrimonial”, conclui a CEO.
