
Os planos da Airbus para lançar um novo jato de corredor único ainda nesta década seguem em pauta. Segundo o CEO da fabricante europeia, Guillaume Faury, o desenvolvimento do substituto do A320neo depende principalmente da escolha de um motor de nova geração. 5z1r6f
Em entrevista à AviationWeek, Faury afirmou que a Airbus está concentrada em encontrar uma solução de propulsão que ofereça uma economia de combustível significativa — requisito essencial para justificar o investimento das companhias aéreas na próxima geração de aeronaves comerciais.
A previsão, segundo o executivo, é que o novo motor seja selecionado até 2027, permitindo o lançamento oficial da aeronave em 2030. A entrada em operação comercial está prevista para o fim da próxima década. No entanto, o CEO reforça que a escolha do motor é o principal desafio técnico: “Estamos em um território desconhecido para um motor desse porte. Haverá protótipos voando, demonstradores validando tecnologias específicas, e só então o motor será selecionado.”
Faury também descartou a criação de novas variantes do A320 e do menor A220, indicando que o foco está em um projeto completamente novo. Em contraste, a linha A350 poderá receber uma versão estendida — o possível A350-1100 — com maior capacidade, voltada para competir diretamente com o Boeing 777X.
“É provável que vejamos uma evolução natural, ampliando o A350-900 ou -1000 para algo maior, mais próximo do 777X em número de assentos. Mas com o atual limite de produção, desenvolver algo além do que já fazemos hoje seria contraprodutivo”, explicou o CEO.
Tanto a Airbus quanto a Embraer vêm adiando projetos de novas aeronaves, principalmente devido à limitação tecnológica atual dos motores. As fabricantes buscam ganhos reais de eficiência, da ordem de 30% na economia de combustível, para viabilizar os futuros projetos sustentáveis de aviação comercial.