O pouso de um raro Boeing 747-200 cargueiro no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, de Recife (PE), nesse sábado, 19 de abril, chamou a atenção não apenas pela já reconhecida imponência e beleza do Jumbo Jet, mas também por outra característica já bastante conhecida da empresa aérea que opera a aeronave.
Como visto em outras oportunidades nos últimos anos, os pilotos da companhia aérea Fly Pro, baseada na Moldávia, têm o costume de manter o nariz dos Boeings 747 elevados por longo tempo durante os pousos, quando se compara ao tempo normalmente empregado pela maioria dos pilotos.
Veja a seguir, no vídeo feito pela câmera ao vivo do canal “Papa Charlie Golf”, como foi a bela chegada do 747-200F de matrícula ER-BAR ao Recife, às 13h08 da tarde de ontem, bem como a decolagem, que ocorreu às 16h34:
Como visto nas cenas da gravação acima, os pilotos mantiveram o nariz do avião elevado por cerca de 20 segundos, muito mais do que os poucos segundos normalmente utilizados na maioria dos pousos de todos os aviões comerciais.
Trata-se de uma técnica que, segundo diversas pessoas, embora não recomendada pelos manuais de operação da Boeing, teria o objetivo de ajudar na desaceleração da aeronave, pela consequente menor utilização de outros meios de frenagem, ou até na economia de desgaste dos pneus do trem de pouso dianteiro. Porém, vale ressaltar, esses aspectos são suposições, sem uma confirmação oficial pelos próprios pilotos da Fly Pro.
Conforme já reportado pelo AEROIN, este raro 747-200F, variante do Jumbo Jet que tem pouquíssimas unidades ainda em operação no mundo, partiu de Macau, no Extremo Oriente, no voo PVV-8544. Fez escalas no Sri Lanka, no Quênia, em Gana e em Recife, e seguiu para o destino, Assunção, no Paraguai.
No Brasil, a operação foi do tipo “sobrevoos ou translados operacionais”, segundo indica o sistema de voos aprovados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), ou seja, apenas uma escala técnica para reabastecimento.
