O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG) informou que amigos da piloto brasileira Juliana Torchetti promoveram, no último sábado, 27 de julho, nos Estados Unidos, um encontro para celebrar a memória da piloto, falecida no último dia 10.
O evento foi realizado em um restaurante que funciona em um prédio no centro histórico de Springfield (onde ela residia), no Estado norte-americano de Illinois. O encontro foi anunciado também pela Associação Nacional de Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA).
Considerada heroína pelas autoridades norte-americanas, Juliana morreu em um acidente durante o combate a incêndio florestal no Estado de Montana. O encontro reuniu os amigos e parentes de Juliana, incluindo o filho João Lucas, de 17 anos. Também foi uma oportunidade de reforçar a campanha de doação de fundos para o filho, que permitiu cobrir os custos de trazer o corpo de volta ao Brasil.
Segundo a irmã de Juliana, que ficou no Brasil, Ulli Torchetti, a família ficou sensibilizada pelas manifestações de carinho recebidas do setor aeroagrícola brasileiro. “Estamos seguindo com a força que Deus tem dado. Não é fácil, mas gente fica feliz por todo o apoio que recebemos do pessoal da aviação”.
HEROÍNA
A partida de Juliana causou comoção nos dois países. No Brasil, além da Nota de Pesar do SINDAG, destacando que Juliana atuou como uma heroína e apresentando a todos “o que o setor tem de melhor”, a própria filha do pioneiro e patrono da aviação agrícola brasileira (Clovis Gularte Candiota), Iris Helena Candiota, também se manifestou: “Com muito pesar tomei conhecimento hoje da morte da Piloto Agrícola brasileira, cumprindo missão de combate a incêndios nos Estados Unidos. Meu abraço aos familiares, companheiros e amigos”.
Nos EUA a empresa norte-americana Dauntless Air (especialista em combate aéreo a incêndios e para a qual Juliana trabalhava) destacou seu entusiasmo pela profissão. “Não importava se a tivesse conhecido por um momento ou por uma vida inteira. Você podia sentir imediatamente sua paixão por voar; era contagiante. Sua crença na missão de proteger pessoas e comunidades era inabalável e tinha um comprometimento, determinação e energia que nos inspiraram a todos”, mencionou em suas redes.
Além disso, os governadores de Montana (onde ocorreu o acidente), Greg Gianforte, e de Idaho (que cedeu o avião ao Serviço Florestal no Estado vizinho), Brad Little, emitiram na época uma nota conjunta destacando o heroísmo da piloto brasileira.
Informações do SINDAG
