A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) anunciou na sexta-feira (29) a suspensão da proibição que impedía a Pakistan International Airlines (PIA) de operar em seus países membros.
Esta decisão marca um retorno importante para a companhia aérea, que havia sido banida em junho de 2020 devido a preocupações com a capacidade das autoridades paquistanesas, especialmente da Autoridade de Aviação Civil do Paquistão (PCAA), de assegurar a conformidade com os padrões internacionais de segurança da aviação.
A suspensão original das operações da PIA na União Europeia surgiu após um trágico acidente aéreo que resultou na queda de um avião da companhia, causando a morte de 97 pessoas.
As investigações subsequentes revelaram que havia preocupações sobre a validade de algumas licenças de piloto no Paquistão, levando à suspensão de 262 dos 860 pilotos registrados no país, incluindo 141 da PIA, cujas licenças foram consideradas “duvidosas” pelo então ministro da aviação.
Em um comunicado enviado à Reuters, um porta-voz da EASA afirmou que a agência “restaurou confiança suficiente nas capacidades de supervisão da PCAA”, com a decisão de permitir que a PIA retome suas operações comerciais na UE fundamentada nos “esforços significativos” realizados pela autoridade paquistanesa para melhorar a situação. Apesar de a investigação não ter revelado problemas graves, a PCAA estava sob pressão para demonstrar melhorias.
A Pakistan International Airlines celebrou a reabilitação de seu status, prometendo seguir rigorosamente os regulamentos da EASA. O ministro da Defesa do Paquistão, Khwaja Asif, expressou que a suspensão da proibição revitalizaria a companhia aérea nacional, que enfrenta sérios desafios financeiros e esforços para sua privatização.
A proibição havia tido um impacto financeiro significativo na PIA, que deixou de arrecadar cerca de 40 bilhões de rúpias paquistanesas (aproximadamente 144 milhões de dólares) anualmente devido à restrição. A PIA e o governo do Paquistão trabalharam intensamente para persuadir a EASA a suspender a proibição, mesmo que temporariamente.
Em um post nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Ishaq Dar, comemorou a decisão afirmando que se tratava de “notícias maravilhosas” para a companhia aérea e para o setor de aviação do país.
