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Após sanções de Trump, Colômbia resolve enviar avião presidencial para buscar seus deportados

Foto: Aeroprints.com

A crise diplomática envolvendo os EUA e os países latino-americanos sobre voos de deportados ganhou um novo capítulo. Desde que foi amplamente divulgada a prática de embarque de deportados algemados e acorrentados, que já é uma política padrão do Departamento de Segurança Interna (DHS), que considera imigrantes ilegais como pessoas detidas, e por isso se usa maneiras de contenção, vários governos latino-americanos protestaram.

O México foi o primeiro a se manifestar, proibindo voos e sobrevoo de qualquer aeronave que leve deportados, independente do destino. O Brasil não impediu voos, mas questionou o uso de algemas.

Por sua vez, a Colômbia foi mais “agressiva”, e proibiu qualquer voo para o país até que “estabeleça um protocolo de tratamento digno aos imigrantes antes que possamos receber eles“, como afirmou o presidente colombiano Gustavo Petro, neste domingo, 26 de janeiro. Inclusive, uma aeronave C-17 da Força Aérea Americana (USAF) que havia decolado de Miramar, na Califórnia, com dezenas de deportados colombianos, precisou dar meia volta já que a proibição entrou em vigor após a decolagem.

Em resposta, Trump respondeu imediatamente, afirmando que sancionará a Colômbia e que foi informado: “Essa ordem foi dada pelo presidente socialista da Colômbia, Gustavo Petro, que já é muito impopular entre seu povo. A recusa de Petro em aceitar esses voos colocou em risco a segurança nacional e a segurança pública dos Estados Unidos. Por isso, ordenei que minha istração tome imediatamente as seguintes medidas urgentes e decisivas de retaliação:

– Taxas de 25% sobre todos os bens importados para os Estados Unidos. Em uma semana, as tarifas de 25% serão elevadas para 50%.

– Proibição de viagens e revogação imediata de vistos para autoridades do governo colombiano, bem como para todos os aliados e apoiadores.

– Sanções de vistos para todos os membros do partido, familiares e apoiadores do governo colombiano.

– Inspeções intensificadas da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) de todos os cidadãos e cargas colombianas, com base em questões de segurança nacional.

– Sanções financeiras, bancárias e do Tesouro, conforme o IEEPA (International Emergency Economic Powers Act), a serem plenamente impostas.

Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais em relação à aceitação e retorno dos criminosos que forçaram a entrada nos Estados Unidos!” conclui Trump.

Horas mais tarde, a presidência da Colômbia divulgou uma nota à imprensa falando da disponibilização do Boeing 737-700 BBJ1 utilizado por Gustavo Petro: “O governo da Colômbia, sob as ordens do Presidente Gustavo Petro, disponibilizou o avião presidencial para facilitar o retorno digno dos compatriotas que iriam chegar hoje ao país às seis horas da manhã, provenientes de voos de deportação (que seriam realizados por C-17s da USAF). Esta medida responde ao compromisso do governo de garantir condições dignas, de nenhuma maneira os colombianos, como patriotas e pessoas de direito, não foram e nem serão expulsos do território colombiano“.

Ainda não está claro se essas medidas da Colômbia serão suficientes para que Trump não coloque de fato as sanções prometidas hoje. Até o momento, nenhum dos dois governos informou quantos colombianos serão deportados no próximo voo.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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