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Azul atualiza projeções financeiras para o ano de 2024, em meio aos desafios do mercado

A Azul, a maior companhia aérea do Brasil em número de decolagens e cidades atendidas, divulgou recentemente uma atualização sobre suas expectativas financeiras para 2024, revisando algumas de suas projeções devido a fatores internos e externos que impactam suas operações.

De acordo com o novo relatório arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a companhia espera aumentar sua capacidade total em aproximadamente 7% em relação a 2023. Essa previsão de crescimento, embora positiva, é moderada quando comparada a planejamentos anteriores, refletindo uma série de fatores desafiadores.

Entre eles, destaca-se a redução na capacidade doméstica enfrentada pela empresa devido às enchentes no Rio Grande do Sul em maio e ao fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, que deve reabrir parcialmente em outubro. Além disso, Azul também mencionou uma redução temporária em sua capacidade internacional no primeiro semestre de 2024 e atrasos na entrega de novas aeronaves por parte dos fabricantes.

Em termos de EBITDA, a companhia estima que os resultados fiquem acima de R$6 bilhões, o que representa uma redução em relação às projeções anteriores, reflexo da diminuição no crescimento da capacidade mencionada. Este ajuste destaca como condições operacionais imprevistas podem afetar projeções financeiras de aviação, frequentemente sujeitas a variáveis externas como desastres naturais e atrasos na fabricação.

Quanto à alavancagem, a Azul projeta que o número fique em torno de 4.2x até o final de 2024. Esta expectativa é impactada tanto pela diminuição do EBITDA, quanto pela desvalorização do real brasileiro em relação ao dólar, o que influencia negativamente na dívida da empresa, maior parte sendo nominada em moeda estrangeira.

No que tange à receita, Azul estima um total superior a R$20 bilhões para 2024, impulsionada por um ambiente de demanda saudável, receitas auxiliares robustas e o crescimento das diversas unidades de negócios da companhia. Essa projeção reflete a contínua recuperação do setor aéreo no Brasil, à medida que as viagens se normalizam.

Além disso, a Azul comunicou que qualquer orientação que não esteja incluída nesse comunicado ou a ser descontinuada, sinalizando um foco claro e realista em suas metas e desafios futuros.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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