
A Azul Linhas Aéreas esclareceu que a redução de 35% mencionada em seu plano de reestruturação financeira não representa uma diminuição imediata da frota operacional.
Segundo Fábio Campos, vice-presidente Institucional e Corporativo da companhia, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (30), essa porcentagem inclui aeronaves que já estavam fora de operação devido a problemas na cadeia de suprimentos — como falta de motores e peças — além de pedidos futuros de aeronaves que serão renegociados.
“Muitos desses aviões que estão incluídos nessa redução são aeronaves que já não estão voando, dado o problema da cadeia de suprimentos mundial na aviação”, afirmou Campos. Ele destacou que parte dos 35% refere-se a pedidos de aeronaves previstas para entrega nos próximos anos, incluindo modelos que seriam entregues entre 2027 e 2029, e que serão renegociados durante o processo de reestruturação financeira.
A Azul já havia confirmado que, no plano de recuperação judicial nos EUA (Chapter 11), firmou um acordo inicial com a irlandesa AerCap — maior proprietária de aviões do mundo —, que aluga algumas dezenas de aeronaves para a companhia aérea brasileira.
Ainda segundo Campos, os aviões que já estão parados e serão devolvidos incluem cerca de nove jatos Embraer E195-E1, além de dois Boeing 737-400F da Azul Cargo, que deixaram de voar quando a companhia recebeu seus primeiros Airbus A321F.
Mesmo com essa redução de frota, os executivos afirmaram que a diversidade de aeronaves continuará fazendo parte do DNA da Azul, agora com foco em maior eficiência — principalmente com modelos mais novos, como o Airbus A320neo, o A330neo e o Embraer E195-E2.