
A Azul Linhas Aéreas pode incorporar em breve uma nova aeronave, desta vez de um modelo um pouco menor do que está recebendo nas últimas semanas.
Na manhã do sábado, como noticiado aqui, chegou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, um novo Embraer E195-E2 para a companhia brasileira. Curiosamente, a aeronave tem uma matrícula bem diferente: PS-KSA.
Além de estrear uma nova série de matrículas, este jato chegou a Confins sem pintura da Azul, com a fuselagem completamente branca, como é mostrado na foto logo abaixo.
Segundo dados da ANAC, a matrícula da aeronave de número de série 19020149 ainda se trata de reserva de registro, e possivelmente era uma encomenda para outra empresa aérea que desistiu da compra.

Curiosamente, os aviões seguintes na sequência de matrículas, o PS-KSB e PS-KSC, não são jatos E195-E2, e sim do modelo menor E190-E2, que é 5 metros mais curto em comprimento.
De número de série 19020014 e 19020019, estas aeronaves foram fabricadas em 2019 para a Air Astana, do Cazaquistão, onde voaram com as matrículas P4-KHC e P4-KHE. Hoje eles se encontram estocadas no Aeroporto de Bratislava, capital da Eslováquia.
Esta companhia aérea asiática acabou entrando numa disputa judicial com a Embraer logo em seguida, acusando a fabricante brasileira de defeitos de fabricação que tornam os jatos E2 inseguros.
O processo judicial ainda corre, mas a Air Astana optou por retirar da sua frota de jatos Embraer e os retornou ao lessor, que é a Azorra Aviation. Esta, por sua vez, disponibilizou as aeronaves ao mercado e a Azul decidiu por tê-las em sua frota, operando novamente o E190 como fez no ado com o E190-E1 oriundo da irmã JetBlue Airways.

Até o momento, apenas estes dois aviões E190-E2 estão com a matrícula reservada para a Azul, apesar da Air Astana ter outros três jatos estocados e sem futuro definido.
Na companhia cazaque, os jatos tinham a configuração de 108 poltronas, sendo 12 na executiva e 96 na econômica. A título de comparação, os E190-E1 da Azul tinham 106 assentos, 12 a menos que o E195-E1, de mesma geração.
Ainda não está claro se a Azul pretende reconfigurar os jatos antes do início da sua operação ou se manterá o padrão do antigo operador, como tem feito com os Airbus A320neo ex-Avianca e com os A330 que vieram da AirAsia e da Condor Airlines.
Caso toda essa história se concretize, a Azul será a segunda operadora do modelo no Brasil, já que a Placar Linhas Aéreas, de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, já voa com o E190-E2 no país.