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Boeing lança oferta de ações de US$ 22 bilhões para enfrentar impactos de greve e preservar liquidez

Boeing 777X

A Boeing está lançando uma oferta de ações de até US$ 22 bilhões como parte de uma estratégia para fortalecer sua posição financeira em meio a desafios crescentes, incluindo uma greve prolongada de trabalhadores, que afetou a produção e elevou o risco de rebaixamento de sua classificação de crédito.

Essa medida, considerada “favorável à qualidade do crédito” pela S&P Global Ratings, busca proteger a classificação de grau de investimento da Boeing, à medida que a empresa enfrenta custos crescentes e maiores exigências de liquidez, informou o Aviacionline, portal parceiro do AEROIN.

A oferta inclui 90 milhões de ações ordinárias e US$ 5 bilhões em títulos conversíveis obrigatórios. O interesse dos investidores levou a um excesso de subscrições, permitindo que a Boeing exercesse opções para emitir 13,5 milhões de ações adicionais e aumentar a oferta conversível em US$ 750 milhões.

Este aumento de capital ocorre após um trimestre difícil, em que a Boeing reportou um prejuízo de US$ 6 bilhões, impactado pelo fluxo de caixa negativo devido à suspensão da produção de modelos importantes, como o 737 MAX. Problemas de produção, agravados pela greve de 33 mil trabalhadores do sindicato dos mecânicos desde setembro, criaram forte pressão financeira sobre a empresa.

Os custos associados à greve são estimados em mais de US$ 1 bilhão por mês, segundo avaliações recentes do setor. Na semana ada, os membros do sindicato rejeitaram a oferta de contrato melhorado da Boeing, que não atendeu às suas exigências de um aumento salarial de 40% e do restabelecimento dos planos de pensões de benefícios definidos.

Além das interrupções relacionadas à greve, a Boeing enfrenta obrigações financeiras significativas, incluindo US$ 11,5 bilhões em dívidas com vencimento no início de 2026 e um compromisso de US$ 4,7 bilhões em ações para adquirir a Spirit AeroSystems. Neste mês, a Boeing garantiu uma linha de crédito de US$ 10 bilhões com instituições bancárias para manter sua liquidez e já havia anunciado planos para levantar até US$ 25 bilhões por meio de uma combinação de capital e dívida.

A S&P Global Ratings alertou que, se as reservas de caixa da Boeing caírem para menos de US$ 10 bilhões ou se a empresa aumentar a alavancagem para cumprir os vencimentos de sua dívida, a classificação de grau de investimento poderá estar em risco, o que elevaria o custo de captação de recursos no futuro.

Em 30 de setembro, o caixa e os títulos negociáveis da Boeing totalizavam US$ 10,5 bilhões, um valor ajustado para absorver as intensas demandas operacionais e financeiras da empresa.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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