
A Boeing está tomando medidas drásticas para fortalecer sua posição financeira, tendo chegado a um acordo com instituições bancárias para garantir até US$ 10 bilhões em espaço adicional para empréstimos.
Além disso, a empresa apresentou documentação a um regulador que permite levantar até 25 bilhões de dólares através da emissão de novas ações ou títulos, comumente conhecida como emissão de direitos. A expectativa é que apenas uma parte desse espaço recém-obtido venha a ser utilizada.
Essas ações são consideradas precauções necessárias para assegurar que a Boeing consiga cumprir suas obrigações financeiras no curto prazo, especialmente em um momento em que a produção de aeronaves caiu drasticamente devido a uma greve massiva que paralisou as operações de suas fábricas nas últimas semanas. A situação financeira da Boeing é crítica, e a falta de produção tem impactos diretos nos resultados da empresa.
A magnitude da estratégia de captação de recursos ainda não foi totalmente clarificada, mas relatos da mídia americana indicam que a Boeing pode estar buscando aproximadamente 10 bilhões de dólares com as novas emissões.
O aumento do endividamento da empresa vem em um contexto preocupante. Recentemente, as agências de classificação de crédito alertaram que a Boeing poderia sofrer um rebaixamento para o status de “lixo”, o que aumentaria os custos de empréstimos e dificultaria ainda mais sua recuperação financeira.
Uma das razões que contribuiu para essa situação delicada foi a greve nas fábricas, que, segundo especialistas da agência S&P, custa à empresa cerca de 1 bilhão de dólares por mês. Para intensificar a crise financeira, na semana ada a Boeing anunciou que faria cortes significativos de pessoal, eliminando cerca de 10% de sua força de trabalho, o que equivale a 17.000 empregos.
Essas decisões difíceis refletem o clima desafiador que a Boeing enfrenta, enquanto tenta se reerguer em um setor que já vinha lidando com pressões significativas antes mesmo do impacto da pandemia e das interrupções trabalhistas.