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China Airlines, que não é da China, desmente pressões políticas na decisão de renovação da frota

A companhia aérea taiwanesa China Airlines negou que esteja enfrentando pressão política em sua decisão de adquirir novos jatos, como os modelos Boeing 777X e Airbus A350-1000, para modernizar sua frota de aeronaves de longo alcance.

Como informa o Aviacionline, o esclarecimento foi dado pelo presidente da empresa, Hsieh Shih-chien, em entrevista a repórteres no sábado (12).

A China Airlines, a maior transportadora de Taiwan, está atualmente avaliando propostas para substituir suas dez aeronaves Boeing 777-300ER, que operam principalmente em rotas para os Estados Unidos e em algumas rotas regionais de alta densidade.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de influência política na decisão de compra, Hsieh afirmou de maneira categórica: “não”.

A aquisição de aeronaves em acordos multibilionários costuma envolver considerações políticas e comerciais, especialmente no contexto de Taiwan, que enfrenta uma delicada situação internacional em função das reivindicações de soberania da China, rejeitadas pelo governo democraticamente eleito de Taipei.

Os Estados Unidos, que são um importante aliado e fornecedor de armas para Taiwan, continuam a manter relações informais com a ilha, apesar de não haver laços diplomáticos formais.

Uma fonte da indústria, que preferiu não se identificar devido à sensibilidade do assunto, mencionou que quaisquer acordos envolvendo a China Airlines poderiam ser complicados pela proximidade das eleições nos EUA, que ocorrerão em novembro.

A relação entre Taiwan e Estados Unidos tem sido tensa desde a visita da então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taipei em 2022, um evento que provocou uma série de demonstrações militares por parte da China.

Na ocasião, a China Airlines anunciou um pedido de US$ 4,6 bilhões para a compra de jatos Boeing 787, destinados a substituir sua frota envelhecida de Airbus A330.

Atualmente, a China Airlines opera 15 aeronaves Airbus A350-900, além de nove versões cargueiras do Boeing 777. Hsieh confirmou que os primeiros 787 devem começar a ser entregues a partir do próximo ano, enquanto os 11 novos Airbus A321, que estão sendo adquiridos para substituir os antigos Boeing 737-800, deverão chegar antes de 2026.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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