
O Ministério das Finanças e Planejamento Econômico do Sudão aprovou uma proposta apresentada pela Airbus, na qual a fabricante europeia fornecerá à Sudan Airways oito novas aeronaves.
A agência oficial de notícias Suna disse que o ministro Ibrahim Ahmed Al-Badawi se reuniu com representantes da Airbus, bem como com o ministro da Infraestrutura e Transportes, Hashim Taher, em Cartum na semana ada, onde prometeu submeter a proposta ao Gabinete para discussão e aprovação.
Os termos do acordo, que é provisório, dado que as sanções econômicas dos EUA contra o Sudão permanecem em vigor, não foram divulgados.
Sanções e mais sanções
A transportadora estatal sofreu muito como resultado de uma decisão dos EUA em 1993 de designar o Sudão como um Patrocinador do Terrorismo de Estado, juntando-o a países como o Irã, a Coreia do Norte e a Síria.
Incapaz de ar livremente aeronaves e peças de reposição no mercado aberto, a frota da Sudan Airways atualmente está com um único A320-200 operacional usado para conectar Cartum com Port Sudan localmente, bem como Juba e Cairo internacionalmente.
Apesar da remoção do ditador Omar al-Basheer em um golpe militar no ano ado e da subsequente parcela de um conselho de transição dominado por civis, Washington insiste que Cartum abrace os direitos humanos, as liberdades religiosas, aumente os esforços contra o terrorismo e promova “a paz interna, estabilidade política e recuperação econômica” antes que considere remover o “petroestado” norte-africano da lista de sanções.
Essa resolução americana mantém a Boeing fora da disputa por qualquer venda ao Sudão e mesmo a Airbus terá que costurar muito bem o acordo para não ser penalizada com o negócio.