
O sindicato que representa 28.000 comissários de bordo da United Airlines anunciou na sexta-feira (23) que chegou a um “pré-acordo histórico” com a companhia aérea baseada em Chicago, após anos de negociações que, em determinados momentos, foram extremamente desafiadoras. 5s201m
Poucos detalhes do acordo foram divulgados até o momento, uma vez que os líderes sindicais de toda a companhia agora precisam revisar as centenas de páginas do contrato antes de decidirem se devem submeter o acordo a votação pelos membros.
No entanto, em uma declaração breve, a Associação dos Comissários de Bordo (AFA-CWA) afirmou que o acordo proposto resultará em salários “líderes da indústria”, com aumentos de até 40%.
Os comissários de bordo da United não receberam aumento salarial desde 2021, quando seu contrato se tornou ível de emenda. O AFA havia reclamado que a United estava deliberadamente atrasando as negociações para controlar os custos com folha de pagamento. Nas últimas semanas, no entanto, o sindicato esteve envolvido em intensas negociações com a United próximas à sede da companhia em Chicago.
Com o surgimento de notícias sobre um acordo tentativo, chegou a circular rumores de que a presidente nacional do AFA, Sara Nelson, havia chegado a Chicago para garantir que o pacto fosse concretizado.
Além do “salário líder da indústria” e do aumento de 40% no primeiro ano do contrato, o sindicato destacou que conseguiu garantir um “pagamento retroativo” pelos anos em que os comissários de bordo estiveram sem aumento.
Esse desenvolvimento é significativo, já que a United teria rejeitado as demandas por pagamento retroativo, apesar de condições similares terem sido incluídas em novos contratos de outras grandes companhias aéreas dos EUA, como American Airlines e Southwest.
O sindicato informou que os líderes locais se reunirão nos dias 29 e 30 de maio para discutir os detalhes do acordo tentativo e decidir se ele deve ser submetido a votação pelos membros.
Nas últimas semanas, o sindicato advertiu seus membros para não rejeitarem um acordo tentativo apenas porque era a primeira oferta, explicando que não sugeriria um acordo a menos que acreditasse que era o melhor que poderia ser alcançado.
Embora os detalhes do acordo sejam escassos, será interessante ver se o sindicato conseguiu garantir alguma forma de pagamento por embarque ou por atividades em solo.
O sindicato havia sugerido que os comissários de bordo deveriam ser pagos sempre que estivessem em serviço, mas a United queria manter o status quo, no qual os membros da tripulação são pagos apenas a partir do momento em que o avião se afasta do portão até a chegada ao destino.
A AFA recusou-se a aceitar muitas das concessões que a United estava supostamente exigindo, mas o sindicato estava sob pressão para fechar um acordo, dada a mudança no cenário político.