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Comissários de bordo que usavam “códigos secretos” para vender voos internacionais são investigados

Boeing 787-9 da American Airlines – Imagem: DepositPhotos

A American Airlines abriu uma investigação contra comissários de bordo suspeitos de vender ilegalmente escalas para destinos internacionais como Londres, Paris e Roma. A prática vinha ocorrendo de forma velada, com o uso de palavras-código para sinalizar a cobrança de valores nas trocas de voos.

De acordo com a companhia, funcionários estariam se aproveitando do sistema de escalas baseado em tempo de serviço para lucrar com a revenda de voos cobiçados. Termos aparentemente inofensivos como “cookies”, “abraços”, “beijos” e até “obrigado” vinham sendo usados em plataformas internas para indicar que havia pagamento envolvido na negociação, informou o PYOK.

A venda de escalas é proibida pelas regras da empresa, embora as trocas mútuas entre colegas sejam permitidas. Em um memorando interno enviado à tripulação, a companhia afirmou que os voos atribuídos não são propriedade pessoal e não podem ser comprados, vendidos ou intermediados. O documento também alerta que oferecer ou aceitar dinheiro, mesmo por meio de linguagem codificada, fere as normas do sistema de escalas e o código de conduta corporativo.

A investigação teve início após uma análise no sistema de trocas, que identificou indícios de transações suspeitas. Segundo a empresa, a conduta viola a integridade do processo e prejudica os critérios de antiguidade usados para a construção das escalas mensais.

O sistema da American Airlines privilegia comissários mais antigos na escolha de destinos, folgas e horários. Já os recém-contratados costumam ser designados para rotas menos desejadas ou ficam em regime de sobreaviso. A presença frequente de novatos em voos internacionais de alto prestígio levantou suspeitas entre os colegas mais experientes.

O sindicato que representa a categoria, a Association of Professional Flight Attendants, incluiu no último acordo coletivo um artigo que autoriza o uso de métricas objetivas para coibir abusos no sistema de escalas. A entidade não se opôs à iniciativa da empresa.

Comissários flagrados violando as regras podem perder o o ao sistema de seleção de voos, ando a receber escalas automáticas. Na prática, isso equivale a voltar à condição de um tripulante recém-contratado, sem poder de escolha sobre seus horários e destinos.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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