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Conselho Internacional de Aeroportos responde à crítica da IATA sobre slots e a capacidade aeroportuária

Imagem: Stanislav Doronenko / CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

O Conselho Internacional de Aeroportos (Airports Council International – ACI World) publicou hoje, 20 de dezembro, uma resposta à Associação Internacional de Transporte Aérea (IATA), após esta ter divulgado nesta semana um “White Paper” abordando a limitação da capacidade dos aeroportos pelo mundo e o risco que isso representa para a liberdade de viajar.

O Conselho informa que reconhece o crescente desafio de atender à demanda por tráfego aéreo e ressalta que aeroportos em todo o mundo, apoiados pelo ACI, estão trabalhando diligentemente para aumentar a capacidade da infraestrutura existente e desenvolver novas instalações, que são componentes essenciais para enfrentar esse desafio.

Porém, destaca que o próprio setor aéreo se opõe a certas medidas propostas pelo segmento aeroportuário e que é necessário haver colaboração de todas as partes envolvidas.

Veja a seguir o que explica o ACI World:

Os aeroportos, naturalmente, estão incentivados a atender às demandas do mercado, melhorando a eficiência e acomodando o crescente número de ageiros, e têm feito investimentos significativos nos últimos anos para isso. No entanto, para acomodar o crescimento projetado do tráfego aéreo, todas as partes interessadas na aviação devem contribuir e trabalhar de forma colaborativa.

Otimizar a utilização da capacidade aeroportuária, inclusive por meio de políticas de slots, é um desafio multifacetado que não pode ser resolvido apenas pelos aeroportos. A entrega da capacidade aeroportuária depende de ações coordenadas de múltiplas partes interessadas, incluindo gestão do tráfego aéreo, reguladores, agentes de solo, serviços de imigração e triagem de segurança, bem como fatores como condições climáticas e requisitos regulatórios. As operações das companhias aéreas também têm impacto direto na capacidade aeroportuária. Essas interdependências precisam ser consideradas em qualquer discussão sobre a otimização da capacidade.

Além disso, melhorar e expandir a infraestrutura para acomodar capacidade adicional requer investimentos significativos. Os aeroportos há muito defendem a necessidade de financiamento para apoiar esses desenvolvimentos, inclusive por meio de aumentos razoáveis nas tarifas aeroportuárias. No entanto, a indústria aérea tem consistentemente se oposto a esses esforços, apesar de as tarifas aeroportuárias representarem, em média, apenas 4% dos custos totais das companhias aéreas. A indústria aérea, que exige maior capacidade, continua resistente a financiar os investimentos essenciais necessários para alcançá-la.

Uma política eficiente de slots aeroportuários é um elemento crítico na otimização da capacidade. Há vários anos, o ACI defende o alinhamento das Diretrizes Mundiais de Slots Aeroportuários (WASG, na sigla em inglês) com as dinâmicas contemporâneas do mercado para atender de forma mais eficaz às diversas necessidades de todas as partes interessadas, com os consumidores sendo a principal prioridade.

Embora o White Paper da IATA sobre slots levante preocupações válidas, ele não fornece uma visão completa, precisa ou equilibrada da questão ao colocar a culpa indevida exclusivamente nos aeroportos pelas ineficiências do sistema atual. Essa visão limitada ignora as próprias atividades das companhias aéreas que levam à alocação e uso ineficientes de slots atualmente, desviando a atenção das discussões mais amplas e da colaboração necessária para revisar os princípios e políticas de slots, que devem evoluir para se adaptar às realidades atuais.

Os aeroportos há muito defendem uma revisão mais ambiciosa do sistema de slots para abordar o uso ineficiente desses recursos, inclusive por meio do Conselho Mundial de Slots Aeroportuários (WASB), o órgão conjunto de aeroportos, companhias aéreas e coordenadores, estabelecido em 2020 para supervisionar o WASG. É necessária uma discussão mais ampla para revisar os princípios e políticas de slots atuais.

Atender à capacidade futura exige colaboração

Para acomodar o crescimento projetado do tráfego aéreo, todas as partes interessadas na aviação devem contribuir e trabalhar de forma colaborativa.

“Atender à demanda futura de capacidade exige colaboração”, disse Darryl Dowd, vice-presidente de Segurança, Operações e Proteção de ACI World. “Aeroportos e companhias aéreas devem trabalhar juntos para garantir a alocação e o uso justos e eficientes de slots, operações aprimoradas e os investimentos necessários em infraestrutura para apoiar o crescimento. O ACI continua comprometido em promover a cooperação entre as partes interessadas para oferecer soluções que beneficiem os ageiros, as economias e o ecossistema da aviação como um todo.”

Informações do ACI World

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.diariomineiro.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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