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Crescimento e desafios do mercado aéreo argentino: ALTA faz análise aprofundada do ano de 2023

O mercado de aviação comercial na Argentina viveu um ano notável em 2023, com uma demanda total de 28,6 milhões de ageiros, dos quais 58% corresponderam a voos domésticos.

Este número, divulgado no “Argentina Aviation Insight” elaborado pela Associação Latino-Americana e Caribenha de Transporte Aéreo (ALTA), destaca o considerável crescimento do setor aéreo do país, que experimentou um aumento de 32% no tráfego aéreo em relação a 2022. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento de 38,2% no segmento internacional, que ofereceu 14,3 milhões de assentos e transportou 11,9 milhões de ageiros.

Apesar deste progresso, o relatório também observa que as perspectivas para o primeiro semestre de 2024 são mistas. Embora o tráfego total de ageiros tenha registado um aumento de 2% face a 2023, o mercado interno enfrenta uma dura realidade, com uma diminuição de 7,1% no número de ageiros transportados em voos internos.

José Ricardo Botelho, diretor executivo da ALTA, explicou que esta discrepância sublinha a urgência de atenção ao mercado interno, enquanto o mercado internacional permanece robusto.

O relatório revela que 29 companhias aéreas operavam no mercado internacional argentino, cobrindo 74 pares de cidades com uma distância média por voo de 3.568 km. As companhias aéreas da América Latina e do Caribe, por sua vez, representaram 71% da capacidade internacional, consolidando-se como atores-chave no espaço aéreo argentino.

Para enfrentar as dificuldades do mercado interno, o governo argentino começou a implementar reformas na sua política de aviação. Estas reformas procuram harmonizar a regulação interna com as normas internacionais, especialmente as dos países do Mercosul. A modernização do Código Aeronáutico e dos regulamentos técnicos por parte da istração Nacional da Aviação Civil (ANAC) será essencial para dotar o sector da flexibilidade necessária para melhorar a sua competitividade.

O potencial de crescimento da Argentina é significativo; Com uma taxa de viagens per capita de 0,58, está abaixo da média da região de 0,62. Comparativamente, países como o Chile e a Colômbia registaram um aumento nas suas taxas de viagens desde 2017. Este contexto aponta para áreas de melhoria nas taxas, impostos e custos operacionais que, se abordadas, poderiam não só revitalizar o mercado aéreo argentino, mas também otimizar sua contribuição para a economia nacional e integração com as tendências globais.

Botelho enfatiza a necessidade de uma abordagem colaborativa entre o governo, as companhias aéreas e os operadores aeroportuários para maximizar o potencial de crescimento do país. “É fundamental implementar estratégias que promovam o desenvolvimento do mercado aéreo argentino, aumentando o tráfego e aproveitando os benefícios econômicos do turismo e da aviação”, conclui.

O futuro da aviação na Argentina, portanto, parece promissor diante dos desafios, desde que sejam adotadas as medidas necessárias para promover o crescimento sustentável e competitivo.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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