A cada dia, mais aeronaves não tripuladas estão presentes no céu do Brasil, dividindo o espaço aéreo com os tradicionais aviões. Conhecidos como drones, esses equipamentos são utilizados de forma recreativa ou profissional para diversas atividades. Independentemente da atividade-fim, é essencial orientar os pilotos sobre a realização de operações seguras e em conformidade com as normas em vigor no país.
Em julho de 2023, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) atualizou a Instrução do Comando da Aeronáutica 100-40, que regulamenta os voos de drones no Brasil. As mudanças normativas visam aprimorar os sistemas e serviços, especialmente o de solicitações de voo, que vem crescendo significativamente a cada ano.
Somente no primeiro semestre de 2024, o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas, ferramenta responsável pelas autorizações dos usuários que desejam ar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro com drones, registrou cerca de 235 mil solicitações de voo, contra 390 mil pedidos em todo o ano de 2023.
Sempre atento à crescente demanda e ao surgimento de novas tecnologias no ambiente operacional, o DECEA tem realizado estudos e debates para garantir a segurança da navegação aérea, como o Projeto BR-UTM. Implementado pelo DECEA em 2023, o projeto estratégico visa construir um ambiente digitalizado, no qual tramitarão as informações necessárias para a tomada de decisão autônoma, a fim de atender ao grande volume de drones no espaço aéreo.
Novos desafios
A partir dos projetos e pesquisas em desenvolvimento, a evolução da mobilidade aérea urbana já é uma realidade no Brasil. Até o início de 2026, uma nova tecnologia de meio alternativo de transporte deve estar disponível no país e promete marcar o início de uma nova fase da aviação: os eVTOL, do inglês “Electric Vertical Take-Off and Landing”. Esses são veículos aéreos elétricos, habilitados para pousar e decolar verticalmente, e com potencial para transportar ageiros. A introdução desses veículos no espaço aéreo brasileiro requer estudo e planejamento, visando a segurança dessas operações no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
“A previsão inicial é que haja um aproveitamento da atual estrutura do espaço aéreo destinada aos helicópteros, considerando a expectativa inicial de movimentos de eVTOL. Seguiremos trabalhando em conjunto com os órgãos reguladores, instituições acadêmicas e a indústria para aprimorar a logística do espaço aéreo, sempre cumprindo os padrões de segurança”, reforçou o Gerente do Projeto Urban Air Mobility (UAM) do DECEA, Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Márcio André da Silva.
Informações do DECEA
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