Na última quinta-feira (22), durante a Sessão Plenária Itinerante da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), realizada no município de Simão Dias, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) usou a tribuna para dar visibilidade às demandas da população. Entre os temas abordados estiveram os problemas enfrentados por trabalhadores do campo e as dificuldades para o agendamento de consultas e exames nas unidades de saúde do município.
Segundo o serviço de imprensa da Alese, a parlamentar reforçou o compromisso com a população: “Trazemos essas demandas porque sabemos a importância dessas Sessões Especiais — principalmente as itinerantes — para dialogar tanto com o Estado quanto com o município, e cobrar maior investimento e um olhar atento para resolver essas questões que impactam diretamente a vida da população”, salientou Linda Brasil.
A partir do diálogo com trabalhadores do campo e pequenos produtores, a deputada levou à tribuna informações sobre a prática de pulverização aérea de agrotóxicos com a utilização de drones, que vem afetando a comunidade.
“Recebi uma denúncia de moradores, em especial do povoado Jacaré, com relatos de que árvores e plantações foram afetadas pelo uso de agrotóxicos aplicados com drones. A utilização do veneno causou perdas nas pequenas lavouras da vizinhança. A população solicita providências dos órgãos competentes. Trago esse assunto para que possamos averiguar”, pontuou durante a Sessão Plenária.
Além disso, Linda Brasil destacou a Jornada Nacional de Luta Camponesa, que tem como tema a alimentação saudável e a justiça climática. A ação, liderada por militantes do Movimento Camponês Popular (M), visa, por meio de uma Carta Denúncia entregue aos parlamentares, reivindicar providências quanto às contaminações genéticas das sementes crioulas por transgênicos em Sergipe e na Bahia.
A deputada apelou para que os parlamentares avaliem a situação e dialoguem sobre alternativas para atender à solicitação.
“Entre as denúncias está o uso de agrotóxicos, principalmente pelos grandes agricultores. Sabemos que são os grandes latifundiários que utilizam mecanismos sofisticados com venenos que contaminam o solo e atingem comunidades vizinhas à zona de cultivo, gerando contaminação, inclusive, ao lençol freático e aos riachos”, explicou Linda, acrescentando que os camponeses buscam diálogo para a efetivação da Lei nº 8.167/2016, que institui o incentivo à proteção da biodiversidade, com a conceituação da semente crioula.
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