
A Mwant Jet, companhia aérea privada do Congo, enfrenta um revés significativo em seus esforços de recuperação. Desde 21 de fevereiro de 2022, a empresa está sob istração provisória devido a dificuldades financeiras e desavenças entre seus dois ex-acionistas. Após dois anos de inatividade, a intenção expressa de retomar os voos ainda não se concretizou.
Em recente disputa legal sobre a liderança da Mwant Jet, julgada na Corte de Apelação de Kinshasa/Matete, uma decisão crítica foi tomada em 3 de abril de 2024. Segundo o RCEA 264, a Corte decidiu contra a renovação do mandato do interino, Sr. Jean-Pierre Pfingu, citando questões processuais relacionadas ao término de seu mandato e à impossibilidade de prorrogação.
Como informa o site Newsaero, o período de transição da Mwant Jet, durante o qual Sr. Pfingu atuou como interino, teve início com sua nomeação em 21 de julho de 2023, com previsão de término em seis meses, em 21 de janeiro de 2024. No entanto, surgiram disputas sobre a data real do início de seu controle efetivo da empresa. Com isso, a Corte de Apelação decidiu recentemente pela não prorrogação de seu mandato.
Os problemas da Mwant Jet começaram ainda antes, quando conflitos internos entre seus dois acionistas, Gueda Amani Yav Witch (60%) e Michael Yav Tshikung (40%), aliados a dificuldades financeiras, culminaram na colocação da empresa sob istração provisória pelo Tribunal Comercial de Kinshasa em fevereiro de 2022.
A situação se agravou quando a Autoridade de Aviação Civil (AAC) do Congo revogou o certificado de operador aéreo da Mwant Jet em fevereiro de 2023. Além disso, o Afriland First Bank Congo Démocratique ameaçou apreender uma das duas aeronaves Embraer ERJ-145 da Mwant Jet em maio de 2023 devido ao não pagamento de um empréstimo de 3.170.098 dólares americanos.
A empresa, que já foi uma companhia aérea próspera, operava voos regulares, fretamentos e viagens sob demanda, conectando Kinshasa a destinos como Lubumbashi, Kolwezi e Gemena. Sua frota era composta por dois ERJ-145.
Em um desenvolvimento paralelo, a ex-CEO, Gueda Amani, está trabalhando num projeto para lançar uma nova companhia aérea, a WE Airways.