
A Coreia do Norte acusou a Coreia do Sul de enviar drones para espalhar uma “enorme quantidade” de panfletos anti-norte-coreanos sobre sua capital, Pyongyang. A ação foi descrita pelas autoridades de Pyongyang como uma provocação política e militar que poderia potencialmente escalar para um conflito armado.
Como informa o Aviacionline, o incidente ocorre em um momento de tensões crescentes na península, exacerbadas por uma série de trocas hostis entre os dois países.
De acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, os drones penetraram nas defesas aéreas da Coreia do Norte em várias ocasiões durante a semana, especificamente nos dias 3, 9 e 10 de outubro.
As imagens divulgadas mostram objetos que podem se assemelhar a drones, com configuração triangular, similar ao Drone ScanEagle de fabricação americana. Embora a qualidade das fotos seja baixa, a KCNA afirmou que esses dispositivos eram responsáveis pela dispersão de panfletos sobre a capital.

Os panfletos são uma forma tradicional de propaganda usada por ambos os lados ao longo dos anos, e a Coreia do Norte, em sua declaração, categoricamente exigiu que a Coreia do Sul interrompesse essas supostas incursões, ressaltando que qualquer nova tentativa de violar seu espaço aéreo resultaria em ações imediatas e sem aviso prévio.
Em resposta, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que não poderia confirmar as alegações da Coreia do Norte sobre os drones, mas lembrou que a Coreia do Norte tem uma história recente de enviar balões, muitos dos quais continham lixo, em direção ao território sul-coreano.
Desde o início do verão, a Coreia do Norte lançou centenas de balões, uma prática que autoridades sul-coreanas criticaram como “atos desprezíveis” e “provocações vergonhosas”.
A campanha de balões da Coreia do Norte, que começou em maio, é vista como uma retaliação aos panfletos lançados por ativistas e desertores norte-coreanos na Coreia do Sul, que frequentemente incluem críticas ao regime de Pyongyang.
As tensões entre as duas Coreias continuam a crescer, e ambos os lados têm dado sinais de que a situação em curso pode resultar em ações militares, aumentando o risco de um confronto no futuro próximo. As declarações trocadas e as manobras de propaganda continuam a intensificar um conflito que já é marcado por desconfiança mútua.
