
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) aumentou as sanções contra a economia bielorrussa, designando três companhias aéreas de carga e o jato presidencial Boeing 767-300ER, utilizado pelo líder autoritário Alexander Lukashenko. A ação é parte dos esforços contínuos para conter as atividades e o e de Minsk ao governo russo e suas operações militares.
A Rada Airlines, com sede em Minsk, foi designada por supostamente apoiar o Grupo Wagner, uma entidade militar privada ligada ao governo russo, ao realizar transporte de tropas entre a Bielorrússia e a África.
A companhia opera três aeronaves Il-62M, das quais duas estão ativas, realizando voos para diversos países africanos, incluindo Líbia, Mali e República Centro-Africana. Além disso, a companhia é acusada de estar envolvida no “tráfico de animais exóticos entre o México e a Venezuela”. A Rada também já fez voos para o Brasil.
A Rubystar Airways, por sua vez, também foi acusada de fornecer e direto às operações militares da Rússia, transportando soldados para vários locais na África. A empresa supostamente conduziu envios de helicópteros militares para um país africano não revelado em nome de uma companhia russa. Ela opera uma aeronave An-12BP e três Il-76TD, que também fazem voos fretados ao Brasil de forma esporádica.
Juntamente com as sanções às companhias, os executivos das duas empresas também foram designados: Dmitry Olegovich Ishchenko e Ivan Nikolaevich Nareiko da Rada e Evgeniy Ivanovich Mikholap da Rubystar.
A terceira companhia designada, a Belcanto Airlines, foi sancionada por estar afiliada à TAE Avia, que já havia sido sancionada anteriormente pelo OFAC. A Belcanto foi incorporada em 2020 e lançou operações em 2022 com a mesma liderança da TAE Avia, continuando as operações da companhia anterior. No entanto, a Belcanto não opera atualmente nenhuma aeronave.
Com essas novas designações, a única transportadora aérea de carga bielorrussa ainda ativa e não sancionada é a Genex.
Além das companhias aéreas, os EUA também designaram o jato empresarial de Lukashenko, de registro EW-001PB, operado pela Belavia. Este é o último dos três aviões executivos operados pelo governo bielorrusso a ser sancionado, após a designação do Boeing 737-800BBJ registrado EW-001PA em março de 2023 e do Bombardier Challenger 850 de matrícula EW-301PJ em agosto do mesmo ano.