
Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, é a mais recente rota a ser afetada pelos problemas contínuos com a frota de Boeing 787 Dreamliners da British Airways (BA), com a popular conexão para o Oriente Médio sendo removida da rede da companhia aérea para a temporada de verão de 2025.
A British Airways havia relançado a rota de Londres-Heathrow para Abu Dhabi em abril, após uma pausa de quatro anos devido à pandemia de COVID-19. Atualmente, a companhia opera a rota com um voo diário utilizando o Boeing 787 Dreamliner.
De acordo com o London Air Travel, a British Airways suspenderá seu voo direto para Abu Dhabi durante toda a temporada de verão de 2025, que vai de 30 de março a 25 de outubro de 2025. A empresa informou que foi obrigada a cortar várias rotas devido aos problemas persistentes com os motores Rolls-Royce Trent que equipam sua frota de 787 Dreamliners.
Esses problemas de confiabilidade exigem manutenção mais precoce dos motores do que o esperado, e dificuldades na cadeia de suprimentos agravaram a situação, resultando em aeronaves sendo imobilizadas por muito mais tempo do que o planejado, informou o Paddle Your Own Kanoo.
A British Airways tentou manter sua programação operando com maior frequência os Boeing 777 mais antigos, mas, com os problemas com os motores Rolls-Royce ainda sem solução, a companhia precisou reservar tempo para a manutenção desses aviões.
Em novembro, a empresa afirmou que os problemas com os Dreamliners foram a razão para suspender indefinidamente duas rotas populares de Londres-Heathrow para Bahrein e Kuwait. Após protestos públicos, a British Airways reverteu parcialmente essa decisão e continuará a operar uma frequência de três voos semanais para Bahrein no início da temporada de verão de 2025.
Além disso, a companhia está se retirando de Dallas-Fort Worth, no final de março de 2025, mas a capacidade será absorvida pela American Airlines, sua parceira na t venture transatlântica. Simultaneamente, a British Airways reduzirá os voos para Miami, já suspendeu a rota para Pequim e diminuiu a oferta para Hong Kong.
Na semana ada, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) alertou que os problemas na cadeia de suprimentos resultaram em uma queda de 30% nas entregas de novas aeronaves em comparação com o pico de 1.813 unidades em 2018.
O estoque de entregas não realizadas atingiu a marca inédita de 17.000 aeronaves, o que significa que as companhias aéreas estão operando aviões com uma idade média bem superior à de anos anteriores Se a taxa de entregas não melhorar, a IATA estima que levará 14 anos para reduzir esse estoque de pedidos não atendidos.
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