O único presidente eleito dos EUA proprietário de um Boeing está tendo um apoio massivo dos funcionários da fabricante americana de aviões. Dados disponibilizados pela Comissão Federal Eleitoral dos EUA, a FEC, apontam que os empregados da Boeing doaram mais de US$ 2,8 milhões de dólares (R$16 milhões) para campanhas presidenciais em 2024.
Pela legislação americana, doações acima de US$ 200 devem ser identificadas com nome, endereço, ocupação e local de trabalho do doador. A partir destes dados, é possível traçar perfis dos apoiadores de cada um dos lados da campanha presidencial.
A Boeing está em 5º na classificação de doação de eleitores por empresas em que trabalham. A lista é liderada pela Honeywell, uma grande fornecedora do setor aeroespacial, tanto civil como militar, e seguida pela Comcast (dona dos canais NBC e da Universal Studios), da loja de materiais de construção HomeDepot e da operadora móvel AT&T.
Os dados compilados pelo portal VisualCapitalist mostram que 56% das doações de funcionários da Boeing foram para o republicano Donald Trump, e 44% para a democrata Kamala Harris.
Este percentual é parecido com as parceiras e concorrentes no setor de defesa Northrop Grumman, Lockheed Martin e L3 Harris, que também estão no TOP10 de doações por funcionários.
Destoa no ranking a UPS, a gigante do setor de logística e que conta com uma vasta frota de aeronaves próprias cargueiras. Nesta, 63% das doações feitas por funcionários foram para Trump, enquanto apenas 37% foram para Kamala Harris.
Vale destacar que as doações feitas por empresas são proibidas nos EUA e que também o financiamento público de campanhas é inexistente. Todas as contribuições devem ser feitas por individuais, com limite de US$ 3.300 dólares por pessoa por ano para comitês oficiais de eleições presidenciais.
