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Embraer sugere que as aéreas africanas adotem uma estratégia de frota mista similar à da Azul

Imagem: Airlink / Justin de Reuck

De acordo com o Estudo de Mercado da Embraer, a frota de aeronaves no segmento de até 150 assentos na África deverá quase dobrar nas próximas duas décadas. As projeções, apresentadas no Farnborough Airshow em 23 de julho de 2024, indicam que o continente precisará de 600 novas aeronaves nesse segmento, sendo 380 jatos e 220 turboélices.

Como informa o Newsaero, até 2043, o número de aeronaves nesta categoria operadas por companhias aéreas africanas deve aumentar de 470 em 2024 para 850. As previsões da fabricante se baseiam em dois fatores principais: o crescimento anual da região, que inclui um aumento de 3,6% no PIB e 4,4% em quilômetros pagos por ageiros (RPK) até 2043, além da configuração do mercado.

A África é uma das regiões que mais crescem no mundo, oferecendo uma enorme oportunidade para construir uma rede de transporte aéreo robusta e eficiente. Os fundamentos da região favorecem aeronaves de até 150 assentos: mercados mais finos com menor demanda são melhor atendidos por aeronaves menores, que conseguem aumentar a frequência, os fatores de carga e os rendimentos de maneira eficiente“, explica o fabricante brasileiro.

No entanto, a Embraer reconhece que ainda são necessários esforços significativos em relação à conectividade, o que requer uma boa dose de vontade política. O continente “continua a ter o menor volume de comércio intra-regional do mundo” e enfrenta desafios como infraestrutura deficiente e redes de transporte aéreo que não atendem adequadamente à população ou à geografia.

De mais de 300 aeroportos comerciais em 2023, apenas 25% tinham ligações com mais de cinco cidades. Na verdade, 65% de todos os mercados domésticos e intra-regionais têm menos de um voo diário.

A Embraer observa que, embora a maioria dos quilômetros de assentos disponíveis (ASK) intra-regionais seja gerada por aeronaves a jato de corpos maiores, mais de 60% dos mercados atendidos por esses aviões transportam menos de 130 ageiros por voo.

A fabricante sugere que as companhias aéreas africanas adotem uma estratégia de conectividade e frota mista similar à da Azul do Brasil. Em vez de competir diretamente em mercados saturados, a companhia expande sua rede conectando cidades domésticas mal atendidas com uma frota mista, operando em rotas nacionais, regionais e internacionais. “Aeronaves menores e mais eficientes podem impulsionar a prosperidade econômica e social a longo prazo […] Isso apoiaria o desenvolvimento de mercados intra-regionais e aumentaria a competitividade das transportadoras locais em relação às companhias aéreas de outras regiões do mundo.”

Em uma perspectiva global, a Embraer prevê uma demanda por 10.500 aeronaves (8.470 jatos e 2.030 turboélices) com menos de 150 assentos até 2043, o que representaria um mercado de US$ 640 bilhões. A África deve representar 4,5% da demanda por jatos e 10,8% por turboélices.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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