
A istração Federal de Aviação Americana, a FAA, emitiu mais uma diretriz sobre problemas nos motores PW que equipam os jatos Airbus A220 e Embraer E190/E195-E2.
Esta proposta de Diretriz de Aeronavegabilidade (AD) foi motivada por uma análise de um incidente envolvendo um motor modelo PW1127GA-JM, que sofreu a separação de um rotor de lâminas integradas (IBR-7) da 7ª etapa do Compressor de Alta Pressão (HPC), resultando em uma decolagem abortada.
Esta proposta de AD exigiria a realização de inspeções ultrassônicas angulares iniciais e repetitivas (AUSI) de certos rotores axiais da 7ª etapa do HPC para verificar a presença de trincas e a substituição desses rotores, se necessário. A FAA está propondo esta AD para abordar a condição insegura desses produtos.
Em 24 de dezembro de 2022, um avião modelo Airbus A320neo da VivaAerobus, equipado com motores modelo PW1127GA-JM, sofreu uma falha no rotor IBR-7 da 7ª etapa do HPC, resultando em um desligamento do motor e em uma decolagem abortada Guadalajara. Na ocasião, também ocorreu um aviso de fogo no motor direito, onde o defeito foi encontrado. Apesar do susto, o fogo foi extinto pela tripulação após seguir o checklist.
Após este evento, o fabricante realizou uma revisão dos registros de produção e das peças que estavam na aeronave da Viva, e reavaliou sua metodologia de análise de engenharia. A nova análise descobriu que a falha do rotor IBR-7 da 7ª etapa do HPC foi causada por uma anomalia no metal em pó de níquel, semelhante a uma anomalia observada anteriormente, e que essas peças são suscetíveis a falhas muito antes do que se pensava.

Como resultado, a FAA emitiu várias ADs exigindo AUSIs para certas peças afetadas; no entanto, o plano geral de mitigação incluía várias ações que não estavam disponíveis quando essas ADs foram publicadas.
Desde então, a PW desenvolveu o AUSI para os rotores axiais da 7ª etapa do HPC. Essa condição, se não for tratada, pode resultar em falha não contida do rotor axial da 7ª etapa do HPC, liberação de detritos de alta energia, danos ao motor, danos à aeronave e possível perda da aeronave.
A FAA está emitindo este Aviso de Proposta de Regulamentação (NPRM) após determinar que a condição insegura descrita anteriormente provavelmente existe ou pode se desenvolver em outros produtos do mesmo projeto, no caso o PW1500G do A220-100 e A220-300 da Airbus, e o PW1900G que equipa o E190-E2 e E195-E2 da Embraer.
O órgão americano estima que o custo de inspeção por aeronave será de US$ 1.700 dólares, e caso a troca seja necessária, terá um custo adicional de US$ 84.725 dólares.