Humberto Pedrosa, o empresário português que esteve ao lado de David Neeleman durante o processo de privatização da TAP há vários anos, emitiu um comunicado para refutar as alegações de que a companhia aérea teria sido adquirida com fundos originados na própria empresa. Pedrosa classifica como “falso e leviano” o argumento de que a TAP teria sido comprada utilizando recursos da companhia.
Como informou o Jornal de Negócios, a Atlantic Gateway, consórcio pelo qual ele foi acionista, adquiriu sua participação na TAP por 10 milhões de euros utilizando exclusivamente recursos próprios dos acionistas.
Ele esclarece que o dinheiro recebido da Airbus foi empregado unicamente para capitalizar a companhia, e enfatiza que, quando assumiu o papel de acionista na Atlantic Gateway, todo o acordo com a Airbus já havia sido negociado por Neeleman.
Pedrosa destaca ainda que, durante sua participação no capital da TAP, enfrentou perdas significativas, totalizando 12 milhões de euros. Ele menciona que esse montante foi injetado em prestações órias para cumprir com diversos compromissos financeiros, os quais, segundo ele, acabaram por se tornar ônus para a TAP, resultando em prejuízos diretos para ele.
O empresário ressalta, em seu comunicado, que a transparência sobre os fatos é fundamental e que a interpretação errônea dos eventos deve ser corrigida. “Nosso objetivo sempre foi fortalecer a TAP e proporcionar a ela os recursos necessários para sua sustentabilidade e crescimento”, conclui.
Essa declaração de Pedrosa vem em um momento em que há bastante debate e especulação sobre os detalhes financeiros da privatização da TAP e os acordos firmados na época. O empresário quer deixar claro que sua intenção foi, e sempre será, voltada para o desenvolvimento positivo da companhia.
