
O primeiro disparo de armamento real do caça Gripen na Força Aérea Brasileira está previsto para acontecer ainda este ano.
O novo avião de combate da FAB já está em operação na Base Aérea de Anápolis, que conta com oito unidades do JAS-39E, batizado de F-39E no Brasil. Essas unidades já atingiram a chamada Capacidade Operacional Inicial (Initial Operational Capability – IOC), mas ainda não estão homologadas para o disparo de mísseis ou do canhão de 27mm.
Em entrevista à Folha de São Paulo durante a feira LAAD, no Rio de Janeiro, o Tenente-Coronel Ramon Fórneas, comandante do Esquadrão Jaguar, disse que “hoje podemos voar e fazer uma interceptação”, mas que o míssil Meteor, por exemplo, o mais avançado operado pela FAB e com capacidade de disparo além do alcance visual, ainda não está homologado.
A expectativa é que os testes, tanto com o Meteor quanto com o míssil infravermelho de curto alcance IRIS-T e o canhão Ma de 27mm, sejam finalizados até o final do ano, dando o sinal verde para o uso de armamento real em exercícios ou em uma ação real, inaugurando de fato o caça sueco na FAB.
Até lá, a proteção ativa do espaço aéreo continua a cargo do F-5 Tiger II, que recentemente completou 50 anos de serviço no Brasil. O Gripen, porém, tem se mostrado uma ótima ferramenta e, no exercício CRUZEX realizado no ano ado, teve mais de 85% de disponibilidade nos voos programados, com desempenho “acima do previsto”, afirma Fórneas, que confirmou um episódio em que o F-39 conseguiu abater um F-15C americano, embora, em outro exercício, o caça brasileiro também tenha sido abatido.