O Escritório de Sistemas Aéreos Navais dos Estados Unidos (NAVAIR) emitiu um boletim recomendando a inspeção da caixa de engrenagens Proprotor (PRGB) do V-22 antes de cada voo, conforme comunicado divulgado em 20 de dezembro.
Aeronaves com certos equipamentos que ultraarem o limite de horas de voo determinado poderão retomar as operações, seguindo os controles estabelecidos na autorização provisória de voo emitida em março de 2024.
Este anúncio segue a constatação de que a falha no PRGB foi a principal causa da queda de um MV-22B da Força Aérea em 23 de novembro de 2023, de acordo com um relatório investigativo. Além disso, foi relatado que um defeito na transmissão se manifesta no início da vida útil do componente, o que levou à determinação de que os sistemas com horas de voo acima do limite são seguros, informou o Aviacionline.
Impacto operacional
A frota de Ospreys CMV-22B da Marinha ficou paralisada de 9 a 14 de dezembro de 2023 após um incidente relacionado ao PRGB em um MV-22B da USAF no Novo México.
Embora as operações tenham sido retomadas, as restrições atuais limitam as missões CMV-22B a um raio de 30 minutos a partir de terra, forçando as forças navais a contar com aeronaves C-2A Greyhound para entregas a bordo de porta-aviões no Pacífico.
Por sua vez, o Corpo de Fuzileiros Navais implementou controles adicionais em um subconjunto de seus MV-22B Ospreys para mitigar riscos, priorizando a segurança de suas tripulações sem comprometer sua prontidão operacional.
Em 6 de dezembro de 2024, a NAVAIR recomendou uma pausa operacional de 96 horas para voos não essenciais após o pouso não planejado de um CV-22B da USAF perto da Base Aérea de Cannon, no Novo México. Este incidente, causado por uma falha até então desconhecida, está sendo investigado.
“A análise contínua determinará se as restrições atuais são suficientes ou se são necessárias medidas adicionais para garantir a segurança e a eficácia desta capacidade crítica”, afirmou a Força em comunicado.
Apesar dos desafios, a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais ressaltaram sua confiança na análise da NAVAIR, autoridade certificadora de aeronavegabilidade do programa V-22. “Continuaremos a colaborar com os líderes das três forças armadas para garantir que as nossas tripulações possam voar com segurança”, disse o Comandante das Forças Aéreas Navais.
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