Início Indústria Aeronáutica

Fornecedores já reclamam da Boeing estar correndo para produzir o máximo de jatos 737 MAX 45144d

Imagem: Vladdon, via Depositphotos

A Boeing parece estar correndo ao máximo para recuperar o tempo perdido com as paralisações do 737 MAX, e quer atingir o limite assim que possível. Com a retomada da produção após o fim da greve de montadores, a fabricante de Seattle está pressionando os seus fornecedores para atingir até maio 38 aeronaves MAX produzidas por mês. 46i4g

A informação foi divulgada pelo portal The Air Current, citando fontes em vários fornecedores que afirmaram que a pressão da Boeing é totalmente ridícula, além de ser “muito agressiva e fora da realidade”, o que poderia inclusive comprometer a segurança dos jatos, como já aconteceu no ado recente com outros aviões da fabricante.

Os planos da Boeing para atingir o limite de 38 aviões produzidos por mês, imposto pela FAA exatamente após os vários problemas produtivos apresentados na companhia, tem relação com a alta temporada de verão do próximo ano: as companhias aéreas no mundo todo sofrem com atrasos da própria Boeing como da Airbus, e precisam o mais rápido possível de mais aeronaves para aumentar a capacidade, diminuir custos e conseguir uma margem de lucro melhor.

Mas esta volta “rápida de mais” pode ser um “tiro pela culatra”, já que é necessário um trabalho muito metódico e alinhado de funcionários, fornecedores e gestão da própria Boeing, e nem sempre é possível entregar resultados num prazo tão curto (5 meses) para projetos complexos, como qualquer aeronave comercial que possuí milhares de componentes distintos.