
A operadora dos principais aeroportos de Paris anunciou que prevê um aumento nos preços das agens aéreas nos próximos anos como uma forma de compensar o uso de combustíveis sustentáveis para aviação (SAF).
Essa mudança tem o potencial de impactar a demanda por viagens ao redor do mundo, especialmente em um dos destinos turísticos mais populares do planeta.
O CEO da Aéroports de Paris, Philippe Pascal, afirmou na quinta-feira que os combustíveis sustentáveis para aviação custarão de três a quatro vezes mais do que o querosene convencional, o que refletirá diretamente nos preços das agens aéreas.
“Não será imediato, mas em algum momento isso afetará a demanda por viagens aéreas”, advertiu. Pascal acrescentou que, embora isso não deva resultar na redução do tráfego aéreo, deverá desacelerar o crescimento do setor.
As exigências da União Europeia obrigam as companhias aéreas a misturar gradualmente uma quantidade crescente de SAF em sua frota.
Em termos de volume de ageiros, o Aeroporto Charles de Gaulle de Paris projeta receber cerca de 105 milhões de ageiros até 2050, um aumento significativo em relação aos 70 milhões de ageiros do ano ado. Contudo, é importante destacar que antes da pandemia de coronavírus, esperava-se alcançar um movimento de 168 milhões de ageiros até meados do século.
Esse cenário levanta preocupações sobre como o aumento dos custos operacionais, impulsionado pela transição para combustíveis mais sustentáveis, poderá impactar o setor de aviação e as decisões de viagem dos consumidores.
As tarifas aéreas mais elevadas podem desencorajar alguns viajantes e alterar o panorama do turismo, especialmente para uma cidade como Paris, que depende fortemente do fluxo constante de turistas.