Mantendo o ritmo de duas por mês, a 11ª operação no ano de 2025 para deportação de brasileiros dos Estados Unidos de volta ao Brasil está programada para ocorrer nessa sexta-feira, 6 de junho, segundo informações do sistema de voos programados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Novamente, a norte-americana Global Crossing Airlines (Global X) é a empresa contratada para a deportação, com um Airbus A321 com capacidade para 194 ageiros, conforme os dados da programação do voo.
O serviço será para o destino utilizado desde a terceira vinda deste ano, no Nordeste brasileiro, em vez de Confins, em Minas Gerais, como ocorria antes. E dessa vez, a programação no sistema da ANAC mostra apenas o trecho final entre uma escala no Caribe até o Brasil, sem indicar a etapa ou as etapas desde a partida nos EUA.
Por sinal, a previsão era de que o voo GXA-6160 chegaria às 06h00 da manhã dessa sexta-feira no Aeroporto Internacional Pinto Martins, de Fortaleza (CE), vindo de Antígua e Barbuda. Porém, até a publicação dessa matéria nesse final de manhã, ainda não havia nenhum avião da Global X em voo ou já aterrissado.
Após o desembarque dos deportados, o avião da Global Crossing tem previsão de partir de Fortaleza no dia seguinte, sábado, 7 de junho, às 08h00 da manhã, no voo GXA-6161, que levará de volta o pessoal norte-americano que acompanha os deportados. Porém, dado o atraso na vinda, não é possível saber nesse momento se será mantida a programação.
Após a chegada à capital cearense, espera-se que a Força Aérea Brasileira (FAB) utilize novamente, como em todas as mais recentes operações, um avião KC-390 Millennium para levar os deportados até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Lá era onde costumavam chegar, até o começo de 2025, esses voos vindos dos EUA.
De acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, os voos de deportação têm o objetivo de repatriar cidadãos de outros países que não respeitaram as leis americanas de imigração. Os deportados são principalmente aqueles que entraram nos Estados Unidos ilegalmente, que não obtiveram autorização para ficar naquele país, que foram condenados por crimes e/ou que foram considerados uma ameaça à segurança nacional.
Segundo levantamento feito por Ricardo Morgan, que fotografa e filma aeronaves no Aeroporto de Confins, dados do Escritório de Estatísticas de Segurança Interna dos EUA mostram que cerca de 12.000 brasileiros foram deportados desde o estabelecimento das atuais diretrizes de deportação, de 2019, e esse total é de mais de 50.000 quando se considera as deportações feitas desde 2001.
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