No cenário atual de conflitos, a Ucrânia fez uso estratégico dos caças Mirage 2000, fornecidos pela França, para interceptar mísseis russos, marcando a primeira vez que essas aeronaves foram utilizadas em combate pelo país. A atuação é bastante relevante, visto que a Rostec, conglomerado estatal russo, em publicação recente, duvidou da veracidade da entrega das aeronaves.
Este desenvolvimento ocorre após a chegada recente dos jatos, parte de um acordo anunciado pelo presidente francês Emmanuel Macron em 2024. Os pilotos ucranianos, treinados na França, estão agora operando estas aeronaves modernizadas para atender às necessidades específicas do campo de batalha ucraniano.
Durante um ataque noturno, a Rússia lançou uma ofensiva massiva com quase 70 mísseis e cerca de 200 drones, visando infraestruturas críticas em várias regiões ucranianas. Os Mirage 2000, juntamente com caças F-16, desempenharam um papel crucial na defesa aérea, interceptando mísseis e minimizando danos a alvos civis e militares.
O anúncio da chegada dos Mirage 2000 à Ucrânia foi feito pelo ministro da Defesa da França em 6 de fevereiro de 2025. Essas aeronaves foram adaptadas para missões ar-terra e equipadas com sistemas de guerra eletrônica avançados, além de armamentos como mísseis MICA e bombas de precisão AASM Hammer. Estas modificações aumentam a capacidade de resposta da Ucrânia diante das ameaças aéreas, complementando sua frota existente de aeronaves de origem soviética.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, destacou através da sua conta no X a importância dessas aeronaves na proteção do espaço aéreo do país e reiterou a necessidade de medidas internacionais para limitar a capacidade ofensiva da Rússia. A proposta de um cessar-fogo temporário nas operações aéreas foi rejeitada pelo Kremlin, evidenciando a complexidade das negociações para um possível acordo de paz.
