
Os planos da Venezuela de ter uma operação mais robusta de carga aérea com voos para os EUA podem finalmente ser realizados.
A Transcarga era a principal aérea cargueira da República Bolivariana da Venezuela, fazendo inclusive voos ao Brasil e operando com uma frota composta de dois jatos A300.
Porém, há um ano a empresa aposentou os Airbus A300 e ficou sem voar, com a promessa de voltar as operações com o McDonnell Douglas MD-10, a versão modernizada do Douglas DC-10, que necessita apenas 2 pilotos para a operação.
Voltando para 2021, uma subsidiária da Transcarga havia sido criada, a Cargo Three, com certificador de operador a ser obtido no Panamá. Desde esta época, se falava que a subsidiária serviria para contornar as sanções dos EUA e permitir voos de Miami para Venezuela ando pela Cidade do Panamá.
Hoje, voos diretos entre os EUA e a Venezuela não são permitidos, dado as sanções que Washington colocou contra o governo ditatorial de Hugo Chávez, sucedido por Nicolás Maduro.
Na época, foi designada a matrícula HP-1755CTW para o A300 que seria operado pela Cargo Three, mas mesmo com a pintura da Transcarga já fixada na aeronave, os planos não foram adiante e o jato foi reado para a Moalem Aviation, que manteve a pintura venezuelana:
Agora, esta mesma matrícula foi aplicada a um MD-10, ex-Fedex e de número de série 46871 com 48 anos de idade. A aeronave inclusive chegou a sofrer um incidente no Aeroporto JFK em Nova York em 1984, quando ainda era um DC-10 de ageiros operando para a SAS e saiu da pista parando na água:

O avião agora está sendo pintado em Barranquilla na Colômbia, com as tradicionais cores azul e laranja da Transcarga, e deve em breve alçar voos para que a Cargo Three seja finalmente certificada:
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