
O Departamento de Transportes dos Estados Unidos (DOT) anunciou nesta quinta-feira (8) um plano histórico para construir um novo e avançado sistema de controle de tráfego aéreo, substituindo a atual infraestrutura considerada obsoleta.
A medida visa melhorar a segurança nos céus, reduzir atrasos e preparar o país para o futuro da aviação. O projeto também promete fornecer aos controladores de tráfego aéreo uma estrutura moderna e confiável, à altura da complexidade de suas funções.
“Sob a liderança do presidente Trump, os EUA voltaram a construir. Estamos aproveitando uma oportunidade única para criar um sistema de controle de tráfego aéreo de última geração”, afirmou o secretário de Transportes, Sean P. Duffy. “Décadas de negligência nos deixaram com um sistema ultraado. Modernizá-lo é uma necessidade econômica e de segurança nacional.”
O plano prevê a substituição de componentes centrais como radares, redes de telecomunicações, softwares e hardwares utilizados pelo órgão regulador da aviação civil dos EUA, a FAA. O objetivo é abandonar uma estrutura voltada ao ado e adotar uma plataforma projetada para as demandas futuras do transporte aéreo.
O projeto é dividido em quatro grandes áreas de modernização:
- Comunicações: substituição de redes antigas por novas tecnologias de fibra óptica, comunicação sem fio e satélites em mais de 4.600 locais, incluindo a instalação de 25 mil novos rádios e 475 novos comutadores de voz;
- Vigilância: troca de 618 radares que já ultraaram sua vida útil;
- Automação: instalação de novos sistemas de hardware e software unificados em torres de controle, centros de controle de região (TRACONs) e centros de controle de área;
- Instalações: construção de seis novos centros de controle de tráfego aéreo – os primeiros desde a década de 1960 – além da substituição de torres e TRACONs obsoletos.
O plano também contempla a expansão do programa Surface Awareness Initiative (SAI), que melhora a segurança nas pistas, para 200 aeroportos. No Alasca, um estado com desafios operacionais específicos, serão instaladas 174 novas estações meteorológicas para aprimorar o monitoramento climático e a segurança dos voos.
Com amplo apoio de sindicatos, setor industrial e especialistas em aviação, o plano representa um o ambicioso para reposicionar os Estados Unidos como líder global em infraestrutura aeronáutica, afastando os recentes problemas de tráfego aéreo no país que causaram uma série de acidentes e incidentes.