
A nova aeronave presidencial argentina, um Boeing 757-200 que teve um investimento próximo de US$ 25 milhões, chegou no final do mês de maio à cidade de Buenos Aires, causando polêmica devido à manobra antes da aterrissagem, mas, principalmente, pelos pilotos terem desrespeitado ordens do controle de tráfego aéreo.
A aeronave era pilotada por Leonardo Luis Barone e o copiloto Juan Pablo Pinto, que teriam levado uma advertência das autoridades locais na época. E agora, como mais recente desdobramento, Barone apresentou sua renúncia à liderança da Direção de Voo Nacional, como informa o site argentino Infobae.
A decisão foi tomada depois de as imagens do momento do pouso se tornarem virais e de o diálogo entre comandante e o controle de tráfego aéreo ser divulgado, onde ficou evidente como Barone ignorou as instruções dos controladores, pedindo-lhes autorização para realizar a manobra pelo menos três vezes e ignorando ordens, colocando assim em risco os demais aviões comerciais que estavam na área prestes a descer no Aeroparque.
Apesar do avião presidencial ter prioridade, neste caso não se aplica pois a aeronave não transportava Alberto Fernández, o presidente argentino. Outra peculiaridade na hora do pouso é que, devido ao clima rigoroso, as aterrissagens foram feitas pelo lado sudeste para o norte, ao contrário da manobra de Barone, que foi realizada no sentido norte-sul.
Existe uma discussão não totalmente fechada sobre se a manobra de Barone foi arriscada ou não do ponto de vista do envelope de voo do Boeing 757, já que a aeronave estava vazia e leve, além de haver contato visual com o solo por parte dos pilotos. No entanto, é consenso que desrespeitar o controle de tráfego aéreo foi a pior decisão para um piloto e isso coloca a habilitação dele em cheque.