
A Força Aérea Indiana mobilizou caças para interceptar um avião Airbus A340 iraniano de ageiros, depois que uma ameaça de bomba foi feita contra o voo nesta segunda-feira (3). No entanto, segundo relatou a mídia do Oriente Médio, os pilotos disseram que não estavam dispostos a pousar e depois de circular perto de Nova Déli por um curto período, prosseguiram ao seu destino na China.
O caso insólito foi registrado nesta manhã, envolvendo uma aeronave da empresa Mahan Air, que fazia o voo IRM-081, de Teerã para Guangzhou. Como se pode observar pela captura do Radarbox (abaixo), o jato de 18 anos entrou em padrão de espera e circulou três vezes antes de continuar para seu destino chinês.
O pouso negado
O mais curioso na história, porém, foi que a Índia enviou os caças e eles interceptaram a aeronave. Os pilotos haviam solicitado um pouso em Nova Déli, uma das maiores cidades chinesas, mas isso foi negado pelos indianos, que sugeriram outros aeroportos na região, onde o apoio poderia ser prestado de forma mais direcionada à aeronave em risco.
Como alternativa, dois aeroportos foram sugeridos, sendo um deles em Jaipur, mas os pilotos simplesmente recusaram a proposta. Momentos depois, eles disseram que não havia mais risco e prosseguiram ao seu destino final.

A Força Aérea Indiana emitiu uma nota relatando o caso:
“Em 3 de outubro, foi recebida a informação de uma ameaça de bomba em uma companhia aérea com registro iraniano, quando transitava pelo espaço aéreo indiano. Os caças da IAF foram mobilizados e seguiram a aeronave a uma distância segura”.
“A aeronave teve a opção de pousar em Jaipur e depois em Chandigarh. Mas o piloto declarou sua relutância em desviar para qualquer um deles. Depois de um tempo, foi recebida uma intimação de Teerã para desconsiderar a ameaça de bomba. A aeronave continuou sua jornada em direção ao destino final”.
Não está totalmente claro ainda o motivo que levou os pilotos a pedirem para pousar em Nova Déli e mudarem de ideia minutos depois, quando orientados a aterrissarem em aeroportos alternativos.
Ameaças de bomba
Ameaças de bomba, no entanto, acontecem de maneira recorrente e por vários motivos, podendo partir até de um ageiro irritado com qualquer coisa a bordo. Como sabe que tal ameaça leva a uma mobilização imediata, muitos acham que serão ouvidos se fizerem isso, mas acabam invariavelmente presos.
Para citar dois casos recentes como exemplo – Em julho, um ageiro de um voo da Condor deixou um papel colado no banheiro com uma ameaça e isso fez com que os pilotos pousassem na Islândia e atrasasse a vida de dezenas de pessoas. Já em setembro, algo semelhante ocorreu na Argentina, enquanto um avião da Aerolíneas Argentinas se preparava para partir, como resultado de um descontentamento sobre o despacho de bagagem, um ageiro disse ter uma bomba, atrasando o voo em duas horas.