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Pilotos tentam pouso duas vezes e voam na direção errada, deixando controladores confusos na torre

Imagem: Ricardo Morgan

Um caso curioso ocorreu com um voo da GlobalX, onde o Airbus A320 enfrentou dificuldades para aterrissar no Aeroporto Phoenix-Mesa Gateway na noite de 4 de março. O voo G6-6136, vindo de San Diego, foi operado por um avião de 17 anos, registrado como N630VA.

Condições climáticas favoráveis, com boa visibilidade e ventos leves, tornaram a situação ainda mais intrigante, pois o avião precisou realizar duas arremetidas. Durante a primeira tentativa, a tripulação foi autorizada a aterrissar na pista 12C, mas logo informou à torre de controle sobre a intenção de retornar para uma nova aproximação, mencionando que a situação estava “instável.”

Na segunda tentativa, o avião mais uma vez optou por uma arremetida. Na terceira, os pilotos começaram a voar em uma direção completamente errada, mudando para um rumo de 360 graus, enquanto deveriam estar seguindo uma direção de 120 graus. O áudio do controle de tráfego foi compartilhado pelo canal VASAviation, do Youtube.

Posteriormente, relataram um “problema no computador” e pediram para manter sua posição atual no ar. No entanto, decidiram continuar com a aproximação, apesar de suas hesitações.

Finalmente, conseguiram pousar com sucesso, embora uma aeronave da Allegiant que estava atrás deles fosse forçada a realizar uma arremetida devido à falta de separação para pouso.

Esse incidente levanta várias questões sobre o que poderia ter ocorrido com a aeronave e a tripulação. Houve uma falha considerável na comunicação dos pilotos com os controladores de tráfego aéreo, que não demonstraram a assertividade esperada para defender suas necessidades.

Durante a terceira aproximação, indicaram a necessidade de estender o percurso ou manter a posição, mas acabaram concordando em prosseguir com a aproximação.

Além disso, a taxa de descida do avião durante a primeira aproximação foi notavelmente elevada, caindo para 2.500 pés por minuto em uma altitude baixa, levantando suspeitas sobre a capacidade dos pilotos de voar manualmente a aeronave em condições que, a princípio, eram favoráveis.

Por fim, as interações entre os pilotos e os controladores de tráfego aéreo também chamaram a atenção, especialmente quando um controlador fez comentários que podem ser vistos como sarcásticos, em vez de demonstrar compreensão diante das dificuldades enfrentadas pela tripulação.

Como não houve incidente, não haverá uma investigação, mas algo incomum se ou a bordo do jato da GlobalX.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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