
A atual paralisação de mais de 30 mil empregados da Boeing poderá gerar um atraso de quase um mês na entrega dos jatos. A greve geral feita pelos montadores das fábricas dos estados da Califórnia, Oregon e Washington afeta principalmente a produção dos aviões comerciais 737, 767 e 777.
Ontem, a Boeing fez sua oferta final para o sindicato, com uma proposta de 30% de aumento nos próximos 4 anos, além de um bônus de acordo de US$ 6 mil dólares para cada funcionário.
O sindicato tem solicitado 40% de aumento, mas ainda não votou esta última proposta da fabricante. Uma das suas principais clientes, e a que mais reclama dos atrasos, a Ryanair, foi informada pela companhia que, caso o acordo seja aceito, o atraso nas entregas já será de 2 a 3 semanas além do prazo previsto.
A afirmação foi dada pelo CEO da Ryanair, Michael O’Leary, ao Irish Examiner, dizendo que “não tenho certeza, porém se precisamos acreditar nisso (na data), mas não temos outra opção a não ser trabalhar com a Boeing assim que a greve terminar para que a produção seja acelerada e regularizada em três, quatro, cinco ou seis semanas”.
O’Leary diz que a estimativa da Ryanair é de receber 20 jatos Boeing 737 MAX 200, a versão de alta densidade de 200 ageiros do MAX 8, até agosto próximo, mas isto pode chegar a 30 unidades caso a fabricante acelere as entregas. A Ryanair tem hoje em torno de 340 jatos 737 MAX 200 e MAX 10 para serem recebidos.