
Um Boeing 737 MAX 8 da Southwest Airlines perdeu comunicação com o controle de tráfego aéreo enquanto se aproximava do Aeroporto Internacional de Denver (EUA) nesta segunda-feira (25), em um incidente que envolveu até 175 ageiros e um possível raio.
A aeronave realizava o voo WN-168, vindo de Tampa, na Flórida, com duração de aproximadamente três horas. A cerca de 11 mil pés de altitude, nas etapas finais da aproximação, os pilotos deixaram de responder às comunicações, levantando a suspeita de que um raio possa ter atingido o avião, danificando seu receptor de rádio, conforme informou o PYOK.
Apesar do problema, os controladores continuaram transmitindo instruções “no escuro”, um procedimento conhecido como “transmissão às cegas” (blind transmission, em inglês), utilizado quando se presume que apenas a comunicação em um sentido foi perdida. O fato de os pilotos seguirem corretamente essas instruções sugere que conseguiam ouvir, mas não transmitir de volta.
O pouso ocorreu em segurança cerca de 12 minutos após a perda de comunicação, e nenhum ageiro ficou ferido. Ainda assim, por precaução, a aeronave, que tem apenas um ano de uso, foi imediatamente retirada de operação para uma inspeção minuciosa. A Southwest informou que o avião só deve retornar ao serviço na terça-feira (26).
Em comunicado oficial, a companhia aérea confirmou o incidente: “Em 25 de maio, o voo 168 de Tampa para Denver possivelmente sofreu um raio enquanto se aproximava de DEN e pousou com segurança. Nossas equipes de manutenção retiraram a aeronave de operação para inspeção. Não houve feridos.”
A istração Federal de Aviação (FAA) anunciou que irá investigar as circunstâncias do caso. Apesar da falha, o episódio não está ligado a problemas mais amplos no sistema de controle de tráfego aéreo dos Estados Unidos, tema que vem sendo debatido publicamente pelo secretário de Transportes, Sean Duffy.
Duffy prometeu recentemente modernizar toda a infraestrutura do sistema, substituindo equipamentos antigos por tecnologias de fibra ótica, comunicação sem fio e via satélite. O objetivo, segundo o secretário, é tornar o controle de tráfego dos EUA “a inveja do mundo”.
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