
FARNBOROUGH, Reino Unido – A Embraer não demonstra muita preocupação com os problemas que se arrastam por anos na família GTF de motores da Pratt & Whitney. Os problemas surgiram assim que os primeiros aviões equipados com eles, mais especificamente o Airbus A320neo e o então Bombardier CSeries, hoje A220, começaram a voar e tiveram uma sequência de panes que resultaram em desligamentos em voo.
Após uma longa investigação, foi detectado que partes internas dos motores PW1000G estavam tendo uma vida útil muito abaixo do esperado e, em resultado disso, estavam soltando pó de metais.
Porém, a Embraer foi a última a estrear os motores nos seus aviões, dado que os jatos E190-E2 e E195-E2 foram certificados e começaram a voar após a família A220 e A320neo da Airbus. Com isso, a fabricante brasileira teve a vantagem de receber os motores já corrigidos de fábrica, com atualização nos lotes mais recentes.
E falando deste assunto, o Vice-Presidente de Serviços e e da Embraer, Carlos Naufel, disse como a empresa está tratando com os clientes. Atualmente, a maior afetada e a holandesa KLM, com em torno de uma dezena de jatos parados esperando a chegada de novas peças para reparo.
O executivo não detalhou quantos aviões foram exatamente afetados, mas ressaltou que o número é pequeno comparado diretamente e proporcionalmente com a frota de A220 e A320neo.
“Como você sabe, estamos na terceira geração de motores GTF para a nossa aplicação, isso significa que o motor evoluiu muito e temos a última versão. Então, quando você olha para o mercado em relação ao pó de metal (encontrado dentro dos motores) e todas essas coisas afetando principalmente os outros, está afetando muito pouco”, afirmou o executivo.
Apesar disso, a Embraer não esta completamente imune: “De fato eles (operadores do E2) estão inspecionando e encontro muito pouco pó de metal, então o impacto, como você disse, e mínimo”, disse o executivo.