Uma gravação feita a partir das imagens da câmera ao vivo do canal “Golf Oscar Romeo” no YouTube, que mostra, 24 horas por dia, os pousos e decolagens das aeronaves em um dos aeroportos mais movimentados do Brasil, permite acompanhar a inacreditável sequência de balões soltados perto do local.
A ação, que coloca em risco a vida de centenas de pessoas em função do grave risco de colisão em pleno voo de um avião com um balão, aconteceu no início da manhã deste último domingo, 9 de março, em Campinas (SP), onde fica o Aeroporto Internacional de Viracopos.
No player a seguir, note os balões subindo sempre a partir do canto direito. Utilizando uma tela grande e colocando a qualidade do vídeo em alta resolução, é possível contar ao menos 30 balões, além de tantos outros que provavelmente subiram fora da tela, mais à direita da gravação:
Como reportado ontem pelo AEROIN, um dos balões caiu no pátio do Aeroporto de Viracopos, ficando enroscado em um poste de iluminação em meio aos aviões comerciais, evidenciando o risco ao qual ficaram sujeitos todos os voos que pousaram e decolaram durante o início da manhã.
Quem for flagrado soltando balões pode responder pelo artigo 261 do Código Penal Brasileiro, que trata da exposição de perigo a embarcações ou aeronaves, próprias ou de terceiros, bem como de qualquer ato que dificulte ou impeça a navegação marítima, fluvial ou aérea. A pena de reclusão varia de dois a cinco anos.
Além disso, fabricar, vender, transportar e soltar balões também são crimes previstos no artigo 42 da Lei nº 9.605/98, que trata dos crimes contra a flora: “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano”. A pena é de prisão de um a três anos, multa ou ambas, cumulativamente. Vale ressaltar que crimes ambientais são inafiançáveis.
Infelizmente, o problema da soltura de balões perto de Viracopos e de vários outros aeroportos brasileiros é recorrente. Ao que tudo indica, as autoridades tomarão providência apenas quando uma tragédia ocorrer.
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